quinta-feira, 19 de junho de 2008

Estórias sobre Henrique Cardão

Rali BCA 1967

Originalmente escrito por Hélder:

-"Salvou-se a grade de cervejas, o Cardão perdeu os óculos que sairam pelo párabrisas, não nos magoámos a não ser nos nossos egos...
O Cardão tinha a mania de cantar a bordo dos carros e, naquele tempo, a canção favorita dele era "n'avoue jamais, jamais, jamais, que je t'aime..." não posso precisar em quem é que ele pensava até porque, em termos de feminino, ele sempre soube cantar pelo tom mais acertado.
O acidente foi, creio, na sinuosa estrada depois de termos saído de Novo Redondo. "


A equipa O-pel-&-Osso Nas 6h de 1973:

Cardão sentado no lado de fora. Hélder sentado no lado de dentro.

Originalmente escrito por Hélder:

- "Essa foto do Cardão sentado no capot do Manta foi a maneira mais expressiva que ele encontrou para assinalar um brilhante 5º lugar na Geral e 1º dos não grupo 6. Foi uma corrida épica para nós, o Cardão teve um problema no turno dele e veio à box mais cedo, mas, no fim,"tudo está bem quando acaba bem".

O Henrique Guerra Cardão foi uma das figuras mais notáveis do nosso automobilismo desportivo e um dos melhores reporteres de rádio que tivémos nos tempos do programa Luanda 63 até 74, n Rádio Eclésia.

Tenho tantas histórias de e com o Cardão que o espaço aqui não chegaria... simplesmente porque ele e eu sempre estivémosligados desde os tempos do Liceu Salvador Correia onde andámos juntos desde o 1º ano e com números seguidos - se eu era o 15 ele era o 16. Começou a trabalhar muito cedo, na Casa Americana, teria aí uns 15/16 anos, depois do falecimento do pai dele.

Desde muito cedo ele começou a participar em provas, muitas delas comigo como co-piloto.

Como piloto, Cardão tinha uma coisa muito boa...era consistente e não estragava os carros, por isso o escolhi como meu companheiro naquelas gloriosas 6 horas de Nova Lisboa de 73.

Mais tarde, na Europa, voltámos a andar juntos nos Grandes Prémios, ele para rádios brasileiras, eu para a RTP e Autosport.

Cardão deve ser actualmente um dos mais jubilados jornalistas da F1 que continua a frequentar, a partir do seu quartel-general em Bruxelas.

Cardão é meu irmão. "


Benguela 1973. Recorte da revista Notícia :


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