quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Ferrari 250 GT SWB Berlinetta Lusso


Não é o modelo mais coleccionável da Ferrari e nem sequer é vermelho, mas o 250 SWB GT Berlinetta Lusso de 1963 que hoje vai ser leiloado pela Christie’s em Monterey, Califórnia, a abrir o Concours d’Elegance de Pebble Beach deste ano, deverá atingir os 2 milhões de dólares, ou mesmo ultrapassá-los.

Um Lusso em muito bom estado vale meio milhão de dólares — mas este foi durante dez anos um dos carros do dia a dia de Steve McQueen, o lendário actor cool que se servia da sua arte para alimentar a paixão pelos automóveis.

Mike Regaglia, que o restaurou depois de o ter guiado durante três anos, garante que só na pintura investiu duas mil horas de trabalho. A cor é o “marrone” do catálogo da Ferrari dessa época, um castanho brandy metalizado, que poucos clientes escolheram mas de que Steve McQueen gostava particularmente.

Toda a sua vida McQueen gostou de carros de corrida. Antes de filmar “Le Mans” em 1971, já tinha no ano anterior ficado em segundo lugar absoluto e primeiro da classe nas 12 Horas de Sebring ao volante de um Porsche 908. Diz William Claxton, que foi amigo de McQueen, que o actor não considerava o Lusso “um carro desportivo, era antes um gran turismo”, o que é confirmado pelo filho, Chad McQueen, que acrescenta que “o meu pai tinha muitos carros favoritos”, mas não aquele Ferrari. Claxton diz que Steve ficaria perplexo pelo interesse que hoje rodeia o seu carro: “Penso que ele provavelmente acharia divertido. Provavelmente diria, ‘Querem também as minhas cuecas velhas, as minhas peúgas sujas?’”

O Lusso é sim o modelo preferido de Regaglia. Comprá-lo implicou dois anos de negociações com o Museu Automóvel Peterson e cinco anos de restauro para ficar com a qualidade que hoje apresenta.

Esta noite o Ferrari 250 GT Berlinetta Lusso castanho metalizado vai conhecer um novo dono, que por certo lhe dará mais importância que o proprietário original.

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